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Setor fonográfico fatura quase R$ 1,5 bi no primeiro semestre

O setor fonográfico alcançou um faturamento R$ 1,442 bilhão no primeiro semestre deste ano, considerando apenas as receitas nos formatos digital e físico. A informação é da Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil. O faturamento representa um crescimento de 21% entre os meses de janeiro e junho, comparado ao mesmo período do ano anterior.

“Os números continuam demonstrando o predomínio da distribuição de música pelas plataformas de streaming em operação no Brasil, seguindo tendência mundial verificada nos últimos 10 anos, pelo menos. O crescimento de 21% nas receitas digitais e físicas do setor reflete, diretamente, os esforços e investimentos feitos pelas companhias fonográficas, tanto na produção de conteúdo musical nacional, como no marketing, promoção e desenvolvimento da carreira de milhares de artistas brasileiros”, afirma Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música.

O streaming continua sendo o principal responsável pelo crescimento do mercado fonográfico, equivalente a 99,2% das receitas do setor (vendas digitais e físicas apenas), que subiram 21,1% atingindo R$ 1,430 bilhão. O faturamento com receitas com assinaturas em plataformas digitais alcançou R$ 995 milhões, crescimento de 28,4%, enquanto aquele gerado por streaming remunerado por publicidade foi de R$ 436 milhões, uma variação positiva de 6,6% em relação ao verificado no primeiro semestre de 2023. 

As vendas físicas tiveram faturamento de R$ 9 milhões, representando apenas 0,6% do faturamento da indústria fonográfica brasileira no primeiro semestre. Nos formatos físicos, vendas de discos de vinil foram os mais comercializados nos seis primeiros meses de 2024, com faturamento, entretanto, de apenas R$ 6 milhões, crescimento de 22,4%, seguido pela venda de CDs, que atingiu R$ 2,5 milhões. Outras receitas digitais, que incluem download e conteúdo para telefonia móvel, representaram somente 0,2% do total das receitas físicas e digitais e alcançaram R$ 3 milhões no período.

A entidade também divulgou um ranking exclusivo com as 50 músicas mais ouvidas nas plataformas de streaming no Brasil, no primeiro semestre de 2024. O gênero sertanejo despontou na liderança no período, com oito entre as 10 mais tocadas. O topo ficou com Lauana Prado, e o pout pourri dos hits “Me Leva Pra Casa / Escrito Nas Estrelas / Saudade (Ao Vivo)”, do álbum “Raiz Goiânia Ao Vivo” (Universal Music). Na segunda colocação, ficou “Barulho Do Foguete Ao Vivo” (Som Livre), com Zé Neto & Cristiano. Na terceira colocação, aparece o funk “Let’s Go 4″, com Mc IG, Mc PH e Ryan SP (Feat. Mc Davi, Mc Don Juan, Mc Kadu, McGHDo7, Mc GP & TrapLaudo), lançamento (GR6 Music/Warner).

De acordo com Paulo Rosa, o levantamento é o único da indústria fonográfica a considerar as músicas mais executadas no país somando as plataformas Spotify, YouTube, Deezer, Apple Music, Amazon Music e Napster, com dados compilados pela BMAT Music Innovators.


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