As receitas do mercado global de música gravada tiveram um crescimento de 3,2% em 2015, segundo um relatório da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). No total, as vendas atingiram 15 bilhões de dólares no ano passado. Enquanto as vendas físicas caíram 4,5% em relação ao ano de 2014, as receitas da área digital cresceram 10,2% e já representam mais da metade do faturamento em 19 países, incluindo o Brasil.
O relatório da IFPI foi divulgado no Brasil pela ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos). E mostra também que o streaming é o formato que cresce mais rapidamente, já representando 19% do total das receitas fonográficas mundiais. No entanto, o mercado de downloads ainda é o maior segmento digital, com 20% do total das receitas, 1% a mais portanto que o streaming.
O faturamento com música gravada cresceu em todas regiões do planeta, com destaque para a América Latina, onde a variação positiva foi de 11,8%. Na América do Norte, o crescimento foi de 1,4%, enquanto na Ásia e na Europa os aumentos foram de 5,7% e 2,3%, respectivamente.
No Brasil, o crescimento do mercado fonográfico foi de 10,6%, impulsionado pela continuidade do crescimento na área digital (+45,1%). As receitas com a distribuição da música em formatos digitais já representam 61% do mercado, contra 39% das vendas físicas. Em 2014, a parte digital desse bolo era de 48%.
Segundo Paulo Rosa, presidente da ABPD, o relatório do IFPI referente ao ano de 2015 trouxe boas notícias: “É animador e confirma a tendência dos últimos anos que já apontava para um gradual amadurecimento do mercado de distribuição de música em meios digitais, com diversidade e consistência de modelos de negócio e cada vez mais consumidores participando do mercado formal. E os números divulgados pela ABPD demonstram que o mercado brasileiro segue a mesma tendência do mercado mundial, com o setor digital sendo determinante para seu crescimento e já representando a maior parte de suas receitas”, conclui.