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Padre Ezequiel Dal Pozzo faz sucesso em nível nacional

Aos 38 anos, o padre gaúcho Ezequiel Dal Pozzo completou em 2017 uma década de ordenação. Como outros religiosos que optaram pela música para evangelizar, Padre Ezequiel é hoje um fenômeno de massa que já cruzou as fronteiras do sul do país. Suas missas, realizadas às terças-feiras na paróquia Santo Antonio, em Caxias do Sul, são concorridíssimas – transmitidas via redes sociais, enquanto não entra em vigor o acordo que está sendo finalizado com um canal aberto de TV que opera em nível nacional. “Sempre gostei de música, desde criança. Ouvia muito sertanejo, ritmos do meu estado natal, Roberto Carlos, Julio Iglesias… No seminário, comecei a compor e quando fui ordenado padre optei por inserir a música no meu trabalho evangelizador”, afirma Ezequiel, cuja maior referência é Padre Zezinho. “Ele foi o pioneiro no Brasil, popularizou entre os católicos essa ideia de que a música pode ser a ferramenta capaz de humanizar as pessoas, de levá-las à reflexão sobre temas diversos”, analisa ele, incluindo na lista outros padres cantores, como Marcelo Rossi, Fabio de Mello e Reginaldo Manzzotti. “Todos tem sua importância. Cada qual, à sua maneira, fortalece com seu trabalho a dimensão religiosa do ser humano. As canções podem contribuir para que as pessoas encontrem o verdadeiro sentido da vida e sejam portadoras de paz”.

Ao longo da carreira, Padre Ezequiel lançou cinco CDs, com temas que falam de angústias, esperança, família, felicidade e, claro, amor a Deus. No final de 2017, para celebrar seus 10 anos de ordenação, ao invés de um projeto 100% católico, ele colocou no mercado o álbum Especial – Músicas Populares, reunindo clássicos nacionais (alguns do cancioneiro gaúcho) com mensagens reflexivas. Gravado ao vivo em Bento Gonçalves (RS), o CD conta com regravações de hinos como Tocando Em Frente (de Renato Teixeira e Almir Sater), Caminheiro (gravado, entre outros, por Milionário & José Rico), Rastros Na Areia (Duduca & Dalvan), Vida de Viajante (Luiz Gonzaga), Bandeira do Divino (Ivan Lins), Calix Bento (Milton Nascimento etc.) e a portuguesa Vinho Verde (aqui já gravada por nomes como Daniel), além das gaúchas O Vento (Os Monarcas) e Mate de Esperança (Délcio Tavares). “O interessante é que o álbum, por não ter caráter religioso, está sendo consumido pelo público em geral. Além disso, conseguimos entrar na programação das chamadas rádios seculares”, avalia.

MÚSICA DO “REI” ROBERTO

Todo o setlist do disco integra o repertório do show atual do Padre Ezequiel Dal Pozzo. Além destas, o religioso canta seus grandes sucessos – casos de Deus é Amor, Levanta Teu Olhar e Cada Escolha –, canções sertanejas e a romântica Amor Sem Limites, do rei Roberto Carlos. “Minha mãe sugeriu que eu incluísse essa música na lista. Ela fala do amor humano, do encontro de duas pessoas com vínculo de amor eterno. O amor de verdade pressupõe a eternidade”, ensina ele, que se apresenta tanto em espaços paroquiais quanto em praças públicas e recintos de eventos municipais. Em muitos casos, além dos shows, Ezequiel comanda missas e ministra palestras. E não apenas nos estados do sul. Recentemente, o padre esteve nas cidades de Belém e Fortaleza e, em novembro (dias 4, 5 e 6), realizou missa e show em Boston, nos Estados Unidos.

O religioso tem um programete diário de rádio de quatro minutos (em que apresenta reflexões sobre a vida) veiculado em 300 emissoras de 19 estados brasileiros, além de Bogotá, na Colômbia. Apresenta, nas TVs Evangelizar e Nazaré, o programa semanal Despertai para o amor, edita a revista trimestral de mesmo nome e, há pouco mais de um ano, lançou seu primeiro livro, Beber na fonte do amor: como a misericórdia humaniza e traz verdadeira alegria, pela Edições Loyola. Há ainda seu trabalho de evangelização na internet. Sua página no Facebook, seguida por 1,5 milhão de internautas, tem reflexões diárias do Evangelho, novenas, mensagens de evangelização e músicas. Para corroborar toda essa força midiática, em outubro passado o Padre lançou com sucesso em áudio e vídeo o Hino aos 300 anos de Aparecida, em homenagem à santa padroeira do Brasil. Só no YouTube, são mais de 1,5 milhão de views. A música tocou bastante no rádio, rendeu matérias em sites e veículos impressos conhecidos e acabou levando o religioso a alguns programas de TV de alcance nacional. Em pouco mais de um mês, por exemplo, ele fez duas participações no Programa do Ratinho e outras duas no Programa Raul Gil, ambos do SBT.

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