Comemorando 52 anos de carreira e a expressiva vitória na edição do Latin GRAMMY deste ano — quando levou o troféu na categoria Melhor Álbum de MPB, com o projeto “Belo Horizonte”, superando lançamentos dos finalistas Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Zeca Baleiro e Elza Soares, Toninho Horta se apresenta neste domingo, 6, às 20h30, no Bourbon Street, tradicional espaço de música de qualidade localizado no bairro de Moema, na capital paulista.
Na apresentação, o artista mineiro, considerado um dos mais criativos e requisitados guitarristas de jazz do Brasil, sendo aclamado e respeitado internacionalmente, estará acompanhado de Nivaldo Ornelas, saxofonista que, além de parceiro de Milton Nascimento, integrou o lendário movimento musical Clube da Esquina (nos anos 1960 e 1970) e é o fundador do Berimbau Jazz Club (em Belo Horizonte). No repertório, faixas do projeto “Belo Horizonte” e outros clássicos de Toninho Horta.
Nesses 52 anos de trajetória, como músico, arranjador ou produtor, Toninho trabalhou com nomes conhecidos da música brasileira, incluindo Elis Regina, Tom Jobim, Maria Bethania, Sergio Mendes, Edu Lobo, Nana Caymmi, Gal Costa, Caetano Veloso e Hermeto Pascoal. No exterior, gravou ou acompanhou nomes como Paquito de Rivera, Keith Jarret, George Benson, Pat Metheny e Wayne Shorter. Lançou vários álbuns solo e, como compositor, assina alguns clássicos de nossa música, como “Beijo Partido”, “Aquelas Coisas Todas”, “Manuel, o Audaz”, “Sr. Brasília” e “Aqui ó”.
O disco duplo “Belo Horizonte”, vencedor do Latin GRAMMY, foi gravado na capital mineira em 2017 e lançado no ano passado. São duas propostas: no álbum “Belo”, ele mostra, ao lado de convidados, regravações de composições próprias conhecidas, como “Pedra da Lua’ (com Joyce), “Aqui ó” (João Bosco) e “Beijo Partido” (Lisa Ono). No outro, “Horizonte”, apresenta composições inéditas (como “Samba Sagrado” e “Villekilde Friends”), tendo na companhia músicos internacionais, com quem já se apresentou em outros países – como o austríaco Rudy Berger (violino) e o americano William Galison (gaita).
No projeto, a participação especialíssima da Orquestra Fantasma, formada por ele, Lena Horta, Yuri Popoff, André Deguesh e Esdras Neném Ferreira. “Fiquei com êxtase com anúncio da vitória no Latin GRAMMY. Uma vitória minha e também da Orquestra Fantasma, com quem estou há 40 anos”, comenta. “Geralmente os organizadores premiam como melhor álbum um cantor e, dessa vez, premiaram um instrumentista e compositor e uma orquestra”, comemora. Essa foi a terceira indicação de Toninho Horta ao GRAMMY Latino — a primeira foi em 2005, com o álbum “Com o Pé no Forró”; a segunda em 2011, com “Harmonia & Vozes”