Entrevistas

As novas influências do Falamansa

Falamansa

Com mais de 17 anos de estrada, a Falamansa é o tipo de banda que sempre inova em suas melodias e arranjos. Apesar de ter raízes calcadas no forró pé de serra, Tato e sua turma não dispensam novas influências. No álbum que acaba de sair do forno, “Lá da Alma”, esta tendência fica ainda mais perceptível. O CD foi lançado no início de março e traz sonoridades puxadas ao sertanejo e ao folk.

Contendo 13 faixas inéditas, “Lá da Alma” é o décimo primeiro trabalho do Falamansa. Conforme definição do próprio vocalista Tato, trata-se de um disco sem medo de agregar sons e batidas ao forró. “Em 2014, quando concebemos o disco ‘Amigo Velho’, resolvemos arriscar um pouco na questão de arranjos e seguir outros caminhos musicais, mas sem esquecer do forró pé de serra – e isto funcionou muito bem. Por isso, no novo disco não tivemos medo de abusar de novas influências, já que temos a certeza de que nosso público aprovará”, define Tato.

As letras de “Lá da alma” seguem os padrões do Falamansa. Falam de alegria, fé e esperança, além da busca do bem estar coletivo. Entre as músicas, o grande destaque vai para o atual single, “Cacimba da Mágoa”, que traz a participação especial de Gabriel O Pensador. A letra fala sobre toda a tragédia recente ocorrida na cidade de Mariana, em Minas Gerais. Em cinco dias, o clipe da música ultrapassou a marca dos 500 mil views no YouTube.“Temos uma preocupação muito grande em conscientizar as pessoas sobre as questões do meio ambiente. E foi uma alegria podermos nos juntar ao Gabriel O Pensador, que tão bem faz críticas em suas canções. A música é um tributo às vítimas do Rio Doce e um protesto velado à impunidade que acontece no Brasil”, explica Tato.

Com quase duas décadas de estrada, Tato revela que o principal segredo para a longevidade e o êxito do Falamansa é a união e o comprometimento com a música de todos os integrantes do grupo. “Sempre nos propusermos a levar o forró pé de serra para todos os cantos do mundo. Fora isso, existe muito respeito e paciência entre nós”. Questionado sobre o ponto mais alto em que chegaram, o vocalista não titubeia: “Sem dúvida foi quando ganhamos (em 2014) o Grammy Latino na categoria Raízes Brasileiras com o disco ‘Amigo Velho’. Além da importância do prêmio, ficamos pessoalmente envaidecidos pelo fato do repertório ser todo autoral”.

AGENDA CHEIA

A agenda do Falamansa está bem disputada. A banda fará uma série de shows de lançamentos nas principais capitais do Brasil, mas a grande parte das tarefas ficam por conta de shows organizados em fanfests ligadas às Olimpíadas, que acontecerão em agosto, no Rio de Janeiro. “Será um ano bem atarefado, mas isto será bem vindo, já que precisamos divulgar as músicas do Lá da alma”, comemora o vocalista.

Durante o primeiro semestre o Falamansa faz a sua tradicional turnê pelas principais festas de São João. Neste ano, o quarteto será a atração maior dos eventos que acontecem em Campina Grande (PB), Caruaru (PE), Amagosa (BA) e Garanhuns (PE), entre outras.

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