Como é de conhecimento de todos, o mercado artístico tem sido muito prejudicado neste período de pandemia. Exceto os grandes nomes da música, que, ainda que eventualmente, conseguem faturar alto com suas live shows patrocinadas, o restante dos profissionais (sejam eles artistas, equipes e todo entorno) está sofrendo muito com a paralisação dos shows e fechamento de estabelecimentos.
O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), assim como algumas associações que o integram (em especial a UBC), vem fazendo sua parte. E acaba de anunciar que concluiu sua participação no primeiro plano de auxílio a compositores e artistas proposto pela gestão coletiva da música no Brasil, da qual faz parte juntamente com Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam e Socinpro, além da citada UBC.
“Fizemos o repasse às associações de música da terceira e última parcela do adiantamento extraordinário e os valores serão disponibilizados por elas até o fim desta semana a quase 22 mil compositores, intérpretes, músicos, editoras e produtores fonográficos brasileiros, titulares de obras musicais que tiveram rendimento médio anual entre R$ 500 e R$ 36 mil nos últimos três anos. O primeiro pagamento foi feito em abril e o segundo, em maio. Ao todo, cada titular recebeu entre R$ 600 e R$ 900 dependendo de sua renda média nos últimos anos, e o valor total distribuído foi R$ 14 milhões”, informa o comunicado do Ecad à imprensa.
“A gestão coletiva da música compreende as dificuldades enfrentadas por todos e essa medida emergencial certamente ajudou profissionais que são fundamentais para a cadeia produtiva da música. Estamos trabalhando firme com o intuito de auxiliar a todos. Seguimos em negociações com diversos parceiros, clientes, associações e sindicatos para acordos e retomada de pagamento dos direitos autorais de execução pública da música em diversos segmentos”, diz a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.
Ainda de acordo com o comunicado, as parcelas do adiantamento extraordinário serão devidamente discriminadas no demonstrativo de rendimentos recebido por cada titular. “Os valores adiantados serão descontados posteriormente, 60 dias depois de anunciado o final do estado de calamidade pública e em até 12 parcelas mensais iguais e sem juros, segundo o órgão. No caso de dúvidas, o compositor ou artista deve procurar a associação à qual é filiado”, finaliza o informe.