Sinônimo do carnaval de Salvador e das micaretas por todo país, o Trio Elétrico surgiu na Bahia há exatos 70 anos. Para lembrar o fato, o portal da Abramus (sociedade de direitos autorais) traz uma entrevista exclusiva com Armandinho, o herdeiro da tradição criada por Dodô e Osmar em Salvador no ano de 1950. O músico conta muitas histórias sobre a invenção que tornou o carnaval baiano um evento inesquecível, marcando a história da música popular como o berço da axé-music. Foram também os trios elétricos que lançaram ou popularizaram centenas de intérpretes e compositores, que vão desde Moraes Moreira até o grupo Baiana System, passando por bandas como Chiclete com Banana e Asa de Águia e cantoras como Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Claudia Leitte.
Mais que um instrumentista e compositor, Armandinho herdou do pai (Osmar Macedo, da dupla com Dodô) o dom da invenção: “Olha, quando eu fui para o grupo A Cor do Som, levei aquele cavaquinho elétrico e o transformei numa guitarra: botei uma quinta corda e batizei de guitarra baiana. Foi uma influência natural do trio, minha escola musical, e ela se incorporou à música que o Mú Carvalho e o Dadi Carvalho, ambos da A Cor do Som, traziam. A gente fez uma mistura da música brasileira mais ligada no pop, no rock, a tudo o que acontecia nos anos 60, 70, como Beatles, Rolling Stones, Jimi Hendrix”, conta ele na entrevista.
Armandinho se emociona bastante ao lembrar que os trios elétricos se espalharam pelo Brasil, como se fosse uma homenagem a seu pai, que até construiu para ele um “mini-trio” quando tinha apenas dez anos. E além de todas as histórias, Armandinho também conta as novidades, que incluem até a gravação com uma orquestra sinfônica.
A íntegra da entrevista de Armandinho está no Portal da Abramus, no link: https://bit.ly/38adXTN.