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Byafra faz show e lança livro no Teatro Rival, no Rio

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Intérprete de vários hits dos anos 1980 e 1990 – entre eles “Leão Ferido” e principalmente “Sonho de Ícaro”, o cantor Byafra sobe ao palco do Teatro Rival Petrobras (Cinelândia, centro do Rio), nesta sexta-feira, às 19h30, com um repertório que traz, além dos citados clássicos, várias faixas incluídas em trilhas de novelas, como “Helena” (“Marrom Glacê”), “Vinho Antigo” (“Jogo da Vida”), “Seu Nome” (“A Gata Comeu”), “Te Amo” (Salomé) e “Fantasia Real” (“Mulheres de Areia”). Músicas de outros cantores e compositores como Guilherme Arantes, Dalto, Lulu Santos e Ritchie também fazem parte da lista. O cantor aproveitará o show para autografar o livro “Vôo de Ícaro”, escrito em parceria com o jornalista e escritor Pinheiro Junior.

Segundo ele, o show vai contar com a participação do poeta Jorge Ventura numa união entre a MPB e a poesia oriunda dos saraus hoje em dia em destaque nas noites cariocas. Na ocasião, Byafra promete mostrar ao público sua nova canção, “Machuca e Faz Feliz”, uma homenagem a mulher brasileira nesse tempo de feminicídio. “A música fala dos prazeres e da imprevisibilidade do amor, esse amor que machuca, mas também faz feliz”, explica.

Em 40 anos de carreira, Byafra lançou 16 álbuns, cinco coletâneas e vendeu mais de três milhões de CDs. Como compositor, ele teve sua obra gravada nas vozes de Roberto Carlos, Ney Matogrosso, Simone, Chitãozinho e Xororó, KLB, Xuxa, Angélica, Jerry Adriani e outros. “Não é sempre que se chega a tanto tempo de estrada. Acredito que isso se deve à perenidade da música chamada romântica, que pertence aquele lado íntimo que todo mundo tem, mas muitas vezes não quer exibir para não demonstrar fragilidade. As pessoas em geral gostam de sorrir em público, mas se escondem para chorar uma paixão perdida. Gosto de comover quando canto. E esse show é uma comemoração ao meu namoro com o meu público”, analisa o cantor.

Sobre o livro “Vôo de Ícaro” (editora Kimera), Byafra conta que é uma sátira política, com realismo fantástico e atmosfera atual. “A música ‘Sonho de Ícaro’ foi emblemática em minha vida. Então resolvi transformar o “Ícaro” da canção em um personagem. Um homem pássaro mitológico, fantástico, que cairia sem explicação na terra e sofreria todos os tipos de preconceitos. Ao mesmo tempo em que seria idolatrado e viraria um superstar por suas diferenças”, continua.

O jornalista Pinheiro Júnior explica que “durante a produção do ‘Vôo de Ícaro’ a preocupação foi deixar que o lirismo moldasse o texto para que a lenda do homem pássaro brasileiro soasse como um canto de liberdade, à semelhança do ‘voar-voar’ de Byafra”. O artista encontrou sintonia afinada nas mãos do escritor Pinheiro Júnior, que soube explorar com ironia a temática do livro. “A situação política do país foi ficando de tal forma surrealista, que com o tempo a ficção deixou de ser ficção e passou a ser realidade. E isso Pinheiro retrata muito bem em ‘Vôo de Ícaro’”, diz o cantor.

Relembre Byafra cantando o hit “Leão Ferido”:

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