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Carlinhos Brown divulga álbum com DNA roqueiro

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O baiano Carlinhos Brown acaba de lançar nas plataformas, através de seu selo Candyal Music, um álbum que carrega nas tintas roqueiras. Segundo lembra o cantor, compositor e jurado do “The Voice Brasil”, o rock sempre fez parte de suas influências artísticas. Agora, é o tema de seu novo álbum, “Carlinhos Brown É Mar Revolto”, gravado com os integrantes da banda roqueira Mar Revolto (Geo Benjamin, Raul Carlos Gomes e Otávio Américo), na qual Brown iniciou sua carreira no final dos anos 70, início dos anos 80.

Com 11 músicas, o trabalho inédito conta com participações especiais como Rita Lee, Rafael Bittencourt, guitarrista do Angra, Bruno Valverde, baterista do Angra e Tarja Turunen, que foi vocalista da banda finlandesa Nightwish. Miguel (MIGGA) também marca presença no álbum com a sua primeira gravação em estúdio, aos 10 anos. O lançamento será feito pelo selo de Brown Candyall Music, com exclusividade em Dolby Atmos na Apple Music.

Gravado originalmente em 2007, o disco revela a proximidade de Brown com o estilo musical que faz parte da trajetória do cantor e é o pontapé inicial de uma trilogia para celebrar os seus 60 anos, comemorado em novembro. Ao longo do ano em que completa mais uma década, Brown ainda vai lançar mais dois álbuns com inéditas – um apenas com músicas instrumentais e outro de carnaval.

‘Comecei a tocar rock no final dos anos 70 nos chamados bandas de baile, em Salvador. Eram bandas que organizavam os repertórios e como eu tinha facilidade para pegar as percussões apenas de ouvido, comecei, de forma muito iniciante, em bandas Monjes, Oliveira e Califórnia. Mas foi em uma banda chamada Torna Sol que eu fiz o encontro mais definitivo com o rock’, explica Brown. Ele continua e reforça a importância de Moraes Moreira e A Cor do Som: ‘Eles foram fundamentais para impulsionar percussionistas em bandas roqueiras e foi em uma dessas oportunidades que fui convidado a integrar a percussão da banda Mar Revolto em participações no trio elétrico. Infelizmente, por questões financeiras na época, não consegui participar da gravação em estúdio com eles, mas o mais importante é que nunca deixei o rock’, conclui.

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Capa do álbum roqueiro de Carlinhos Brown

Ao longo da carreira Brown teve diferentes encontros com o rock. Participou do álbum ‘The Roots’, do Sepultura, principalmente na faixa de sua autoria ‘Ratamahatta’, foi convidado para produzir o álbum do Scorpions, para tocar com o Living Colour e com o guitarrista americano Steve Vai, inclusive, deu o nome a sua filha Nina em homenagem a Nina Hagen. Brown também inovou no Carnaval de Salvador em 2016, quando levou Angra e Sepultura para a festa e batizou seu camarote andante de Black Rock.  O rock ainda deu a ele a oportunidade de se aproximar de Caetano Veloso, após um primeiro encontro com os Paralamas do Sucesso, com Djavan, com quem também já trabalhou e com os músicos do Titãs. Mais recentemente, Brown participou do DVD do Capital Inicial, que será lançado este mês.

Agora, 15 anos depois de gravado, ‘Carlinhos Brown É Mar Revolto’ é o resultado de um convite, feito por Brown para que os integrantes da banda participassem de um dos seus álbuns. Mas, segundo o cantor, `estava tão bom que a gente começou a tocar, tocar e falamos ‘vamos gravar alguma coisa sem compromisso?’ e foi assim. Foi feito com leveza, esperamos o momento certo`. Carlinhos Brown assina 10, das 11 músicas do disco – a exceção é para `É`, de Gilberto Gil – , a maioria em parceria com compositores como Raul Carlos Gomes, Silvio Pereira, Geo Benjamim, Otávio Américo, Raquel Jacobs, Arnaldo Antunes e Michael Sullivan. Outro destaque do álbum é a primeira participação de seu filho MIGGA em uma gravação em estúdio. Aos 10 anos na época (2007), ele tocou escaleta na faixa Travelling. Em 2018, ao retornar para as gravações, MIGGA é responsável pela bateria em cinco faixas do lançamento.

As participações especiais são um destaque a parte do lançamento. Rita Lee faz um feat com Brown, que também assina a percussão de ‘Menininha Tão Novinha’, terceira faixa do álbum. A canção de ritmo intenso e dançante fala sobre uma menina, que agora cresceu e está “saidinha”. Já o trio de músicos convidados Rafael Bittencourt, Tarja Turunen e Bruno Valverde divide a faixa ‘Desertificação’. Com uma pegada bem mais rock n´roll, a música inclui batidas típicas do gênero que se misturam a um ritmo de xaxado.

A faixa que abre o álbum é ‘Ilha de Itaparica’. Com a potência vocal de Brown, a música apresenta a intenção do disco, de homenagear um gênero que o público não está acostumado a ouvir na voz do cantor. ‘Marina dos Mares’ é como uma balada saborosa para ser escutada, com um clima leve remete à praia e à brisa do mar, fazendo um contraponto com o título do lançamento. Já a faixa ‘Tô aqui na Marginal’ dá continuidade ao fio condutor de um ritmo dançante e ao mesmo tempo propício para ser ouvida em um momento de descontração. Destacam-se ainda as faixas ‘É’ (com Gilberto Gil), ‘Emotionave’ (que tem Arnaldo Antunes como um dos autores).

Confira o álbum com exclusividade em Dolby Atmos na Apple Music e o pré-add já está disponível aqui .

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