O cantor, compositor e violonista Chico Teixeira está lançando o sexto álbum de sua carreira, “Ciranda de Destinos”. O projeto traz clássicos da música brasileira de diversos sotaques, bem como canções de domínio público resgatadas por grupos folclóricos das regiões sul, sudeste e nordeste, contando desta forma, histórias de um povo unido por diferentes costumes e lutas.
O álbum de 10 faixas conta com a produção musical do próprio Chico Teixeira e tem participações de Yamandu Costa, Almir Sater, Roberto Mendes e Renato Teixeira, seu pai. Os arranjos são assinados por João Oliveira, Mauricio Novaes, Márcio Werneck e Crispin Del Cistia .“A escolha das participações foi bem natural, são todos meus amigos. Não fui eu que escolhi, as coisas foram clareando, as canções pertenciam a eles”, afirma o músico e cantor. A arte ficou por conta de Elifas Andreato, ilustrador responsável pelas capas de diversos discos de vinil dos anos 70: Paulinho da Viola, Chico Buarque, Adoniran Barbosa, Vinícius de Moraes e outros.
Chico Teixeira é compositor nato, tendo praticamente todos os seus discos formados por canções autorais, mas neste procurou trazer uma abrangência maior da música popular brasileira. No repertório, clássicos como a cantiga mineira “Riacho de Areia”, em que o violão e coro de Roberto Mendes se unem à variante Xaréu, da Chula Baiana, representando assim as congadas; “Negrinho do Pastoreio”, música gaúcha de lenda afro-cristã, que traz marca da luta contra a escravidão. Aqui, além da participação especial no violão, há o primeiro registro oficial do vocal de Yamandu Costa; “O Trenzinho do Caipira ‘faz uma junção do erudito com o popular; “Nau Sertaneja”, uma visão poética das tradições do povo vale paraibano, reconhecendo a região como um dos mais ricos berços lítero-culturais do país e “Rancho Fundo”, que representa tão bem o povo brasileiro. “São músicas que eu já tinha vontade de gravar, fazem parte da minha vida e me emocionam. Tenho ligação com cada uma delas, elas estão dentro de mim”, relata Chico Teixeira. Fecham a lista “Correnteza” (Tom Jobim), “Três Nascentes” (João Pacífico), “Linda Morena” (Riachão), “Rancho Fundo” (Lamartine Babo e Ary Barroso), “As Rosas Não Falam” (Cartola) e “Rio Doce” (Zé Geraldo).
O som adotado por ele também é diferente dos demais, traz um formato intimista e acústico. “Sou muito fã de sons acústicos, como Duofel. Então, utilizei no máximo três violões neste projeto”. “O público vai conhecer uma versão minha muito verdadeira e emocionante. Pesquisei muito para fazer o projeto, muito além das músicas, eu procurei a história delas”, finaliza.
Ouça “O Trezinho Caipira”, uma das faixas do novo álbum de Chico Teixeira: