Nos últimos anos, o Ecad (Escritório ,M Central de Arrecadação e Distribuição) e as associações de autores tem trabalhado bastante na conscientização das casas de espetáculos e produtores de shows e eventos para o recolhimento dos direitos autorais, como forma de manter com dignidade a cadeia criativa que no final das contas responde pela “matéria prima” que movimenta o setor, ou seja a música.
Nesta terça-feira, o orgão lança um selo em reconhecimento aos festivais e eventos que respeitam os criadores de música e pagam os direitos autorais de execução pública. O primeiro festival contemplado é a Virada Cultural de São Paulo, que acontecerá nos dias 27 e 28 de maio, com diversos shows e uma estimativa de público de 3,5 milhões de pessoas. A superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, fez o anúncio durante o lançamento oficial do evento paulista no Centro Cultural São Paulo (CCSP), ao lado do Prefeito Ricardo Nunes, da Secretária Municipal de Cultura Aline Torres e de outras autoridades.
“É bacana ter a Prefeitura de São Paulo e Secretaria de Cultura como parceiras nessa campanha nacional que iniciamos com o lançamento do nosso selo em prol dos direitos dos criadores de música. É fundamental que responsáveis por festivais e eventos no país, inclusive os que contam com patrocínio, paguem pela música que utilizam publicamente. Também queremos convidar as empresas patrocinadoras para esse movimento. A adimplência e as obrigações legais fazem parte das boas práticas a serem seguidas por todas as empresas e tenho certeza de que vamos contemplar em breve outros festivais em todo o Brasil”, disse a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.
Esse é o primeiro selo em que o Ecad fará uma campanha nacional para conscientizar produtores e patrocinadores sobre a importância do licenciamento musical, reconhecendo a adimplência de empresas ou iniciativas públicas e privadas, o que é importante para o trabalho realizado pela entidade em todo o Brasil. A expectativa do Ecad é ampliar a campanha este ano para estabelecimentos comerciais, rádios e outros usuários de música, que mantêm o pagamento em dia. A edição do selo será anual.
A Virada Cultural de São Paulo é o primeiro festival a receber o selo por estar em dia com o pagamento dos direitos autorais. Na última semana, um acordo foi fechado com a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, para o licenciamento pelas músicas tocadas nos dois dias do evento, garantindo a remuneração a quem vive da música.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anunciou hoje que o evento se chamará Virada Cultural do Pertencimento 2023 e o modelo descentralizado da edição 2022 será ampliado, com três novas arenas, em Capela do Socorro, Parelheiros e Heliópolis, além das apresentações em equipamentos culturais. O line-up reunirá artistas do mainstream nacional e até internacional, trazendo do samba ao funk, do pop ao hip hop, passando pelo forró e sertanejo. Entre os destaques da programação estão shows de Supla, Tierry, Karol Conká, Filhos da Bahia, AnaVitória, Pixote, Ferrugem, Marina Sena, Dilsinho, Tássia Reis, Tiee, A Dama, Salgadinho, Victor Fernandes, Baianasystem entre outros.
“Descentralizar a Virada Cultural é fazer com que a janela da COHAB de Itaquera seja o camarote da Virada Cultural, e não só a janela do COPAN”, afirma a secretária de cultura Aline Torres. “Neste ano, a periferia está ainda mais presente, com três novas arenas”.