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Em Brasília, artistas protestam contra Medida Provisória

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Artistas, diretores das associações que compõem o Ecad e executivos do escritório de arrecadação no evento de Brasília, dia 9 (foto Gil Ferreira)

O evento Todos pela Música, realizado segunda, dia 9, no Clube do Choro, chamou atenção para uma questão que vem mobilizando artistas, editoras musicais e as associações que compõem o Ecad nos últimos meses.  A noite, que misturou música e protestos, teve como mote a defesa dos direitos autorais dos compositores e artistas e um ato contra a Medida Provisória 907/2019, que isenta os hotéis do pagamento de direitos autorais pelas músicas tocadas nos quartos. Tal decisão deve representar um prejuízo anual de 100 milhões de reais à classe artística.

O evento contou com apresentações de Danilo Caymmi, Roberto Menescal, Antônio Carlos Bigonha, Xande de Pilares, André Renato, Michael Sullivan e Liah Soares, que se revezaram no palco e também falaram sobre a importância dos direitos autorais. “Estou há quase 50 anos na estrada e muitas pessoas vivem desta arte. Por isso, é preciso pagar, sim, pelo uso da música”, declarou Michael Sullivan. “Decidimos fazer esse encontro na semana passada porque queremos mobilizar as pessoas sobre a importância dos direitos autorais”, comentou Danilo Caymmi.

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A iniciativa para a realização do evento foi dos próprios artistas. Em apoio, o evento foi organizado pela gestão coletiva da música formada pelas sete associações de música – Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC -, que compõem o Ecad.

A mobilização dos compositores e artistas continuou em Brasília na terça, 10. Eles marcaram presença no Congresso Nacional, onde uma comissão mista examina a MP 907 em audiência pública agendada para as 14h30, com a participação de diretores do Ecad. Uma caravana com mais de 100 compositores também se deslocou a Brasília. “O objetivo do Ecad é mostrar à sociedade que está de portas abertas ao diálogo e que está ao lado da classe artística, defendendo os seus direitos legítimos”, disse a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, pouco antes da audiência.

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