Incansável, Alexandre Pires apresenta com frequência novidades ao público e aos contratantes. Além de seu show solo, nos últimos anos realizou turnês com colegas sambistas, em especial a banda Raça Negra (projeto Gigantes do Samba), lançou singles com convidados – o último deles, Eu vim fazer a diferença, com Thiaguinho, em maio último – e montou projetos como o aclamado DNA Musical (CD,DVD e show), em que interpretava clássicos da MPB. Neste ano, o artista mineiro segue com dois diferentes shows, um focado no público brasileiro e outro ao mercado latino, onde ele voltou a trabalhar após um hiato de dez anos. Confira a seguir o bate-papo com Alexandre Pires.
Show Business + SUCESSO! – Como está sendo o retorno ao mercado latino, após dez anos?
Alexandre Pires – O retorno tem sido muito bom. O público está me recebendo como se eu não tivesse ficado tanto tempo distante deste mercado. Há praças onde o trabalho foi muito bem aceito, como Chile, Argentina, Bolívia e República Dominicana, entre outras.
Traicionar es bueno, pero es pecado, seu último single em espanhol, e El problema eres tu, o penúltimo, são voltados ao público mais adulto. Ou seja, são canções com conteúdo e possibilidade maior de longevidade, ao contrário dos lançamentos de reggaeton e outros ritmos urbanos latinos com propostas mais ‘descartáveis” e focados na juventude. É isso mesmo?
Exato. Minha essência sempre foi o romantismo, principalmente nos trabalhos voltados aos países latinos. Então preferi seguir nesta linha, até como forma de manter o vínculo que tenho neste mercado com o público, contratantes e pessoal da mídia.
Estas faixas fazem parte de um álbum a ser lançado em breve?
Estamos finalizando um video list com 11 faixas em espanhol, incluindo estas duas já citadas (cujos vídeos, aliás, já estão disponíveis no YouTube), que serão trabalhadas inicialmente nas plataformas digitais. O álbum com as 11 faixas será lançado até o final do ano.
Pretende gravar versões em português do repertório deste álbum para lançamento no mercado nacional?
Não. Este projeto será somente para o mercado externo.
Fale sobre o show Mi corazón latino, que você montou para se apresentar no exterior.
A banda é toda brasileira – quis manter aquele ritmo latino que os brasileiros possuem. No repertório, tem os sucessos da minha carreira internacional (Usted se me llevó la vida, Ámame etc.), além dos novos singles e de algumas canções de outros intérpretes, como Julio Iglesias. Iniciamos o trabalho no final de 2017 e já passamos por cidades da Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile. Neste segundo semestre, realizaremos shows em outros países do continente.
Em paralelo, você está mantendo uma agenda agitada também no Brasil, com o show Baile do Nego Véio. Como tem trabalhado esta questão de datas para conciliar as apresentações aqui e no exterior?
É difícil às vezes, e muito corrido, mas ao mesmo tempo é muito prazeroso. É preciso conciliar as datas porque também não podemos deixar de atender o mercado interno. No Brasil, estamos com o projeto Baile do Nego Véio, levado a eventos abertos, casas de shows e festas corporativas. Durante três horas, canto grandes clássicos que embalaram os anos 1990, como Minha menina, do Mauricio Manieri, Libera geral (Terra Samba), O canto da cidade (Daniela Mercury) e Cheia de manias (Raça Negra). Em breve deveremos lançar um álbum (apenas áudio) deste show.