Dona de uma das vozes brasileiras mais potentes da atualidade e conhecida por sua versatilidade no palco, Luedji Luna leva a turnê de seu último álbum “Bom Mesmo é Estar Debaixo D’agua Deluxe”, lançado em novembro de 2022, para diversas cidades. As primeiras apresentações aconteceram no Circo Voador, icônico espaço cultural e da música nacional no Rio de Janeiro, no início de março, e encheram a casa em duas datas. As próximas serão na Áudio, em São Paulo, nesta sexta-feira, dia 31; e Breve Festival, em Belo Horizonte, no dia 22 de abril.
O palco será composto por quatro backing vocals, três sopros, baixo, teclado, synth e efeitos, bateria, guitarra e percussão. No visual, luzes e cores dão o tom da sensualidade e empoderamento da cantora e suas canções. As apresentações têm direção de imagem e criativa de Pedro Moura e Lucas Teixeira. Em São Paulo, são esperadas mais de três mil pessoas para ver o show da baiana de 35 anos, nascida em Salvador e que tem como ponto mais alto na carreira a indicação ao Latin GRAMMY em 2021, pelo álbum “Bom Mesmo é Estar Debaixo D’água” (de 2020).
“Bom Mesmo é Estar Debaixo D’água Deluxe” conta com 13 faixas, sendo dez inéditas de autoria própria, algumas em parceria. Parte do repertório entraria no setlist “Bom Mesmo é Estar Debaixo D’água”, mas acabaram ficando de fora. “Nesse sentido, o tema do álbum permanece o mesmo, é um disco sobre amor na perspectiva de mulheres negras. E com a participação de outras vozes são trazidas para construir essa narrativa”, diz ela. Yoùn, Linn da Quebrada, Aza Njeri, Mayra Andrade, Winnie Bueno são alguns dos nomes presentes na versão deluxe.
O projeto conta também com participações especiais de artistas nacionais e internacionais, como a cantora, produtora e compositora Etíope-americana Mereba, da trilha sonora do filme “Queen e Slim” (2019) ganhadora do BET Award (2020), que participa da faixa “Pele”; e também do MC e produtor norte americano Oddisee, que além de ter assinado a produção do single “Nova Deli”, participa de mais uma track no disco. Do Brasil, o álbum novo conta com a participação de MC N.I.N.A., nome feminino mais expressivo da cena do grime no Brasil, na faixa “Metáfora”.
Além das dez canções inéditas, o álbum tem três remixes da primeira edição do álbum anterior como bônus track. “Manto da Noite” (produção Theo Zagrae), “Lençóis” (produção Be-Atrz) e “Bom Mesmo é Estar Debaixo D’água” foram as escolhidas para serem remixadas, sendo essa última produzida pelo DJ e produtor norte americano, Sango. “Neste álbum eu flerto com neo-soul, R&B, além do jazz já presente nos seus trabalhos anteriores”, diz Luedji, que vem dialogando bastante com o mercado exterior, em especial o público de Portugal e o norte americano (do total de 917 mil ouvintes que ela tem no Spotify, cerca de 14 mil são do país europeu e 40 mil são dos EUA).
É nessa perspectiva da internacionalização que a cantora optou por editar o álbum com profissionais de fora. A mixagem do álbum é do filipino radicado nos EUA, Russell Elevado, que já trabalhou com artistas como Erykah Badu, Alicia Keys, Kamasi Washington D’angelo, Jay-Z, dentre outros nomes da música negra norte americana. A masterização é do americano Mike Bozzi, que já atuou com artistas como Kendrick Lamar, Childish Gambino e Post Malone.