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Em entrevista exclusiva, Lucy Alves revela sua trejetória de sucesso

Quando aprendeu a tocar sanfona, aos 16 anos, a cantora Lucy Alves nem poderia imaginar a importância que o instrumento teria em sua carreira. Isso porque, à época, a precoce menina paraibana já dominava o violão, piano, violino e outros instrumentos sinfônicos. Fruto de muito estudo e também de um ouvido apurado: “comecei ainda criança a praticar violino. Meus pais me colocaram pra estudar a parte teórica. Como nasci com ‘bom ouvido’, pegava tudo bem rapidinho. Cheguei a tocar em orquestra infantil e depois nas Sinfônicas da Paraíba e de Recife”, relembra a artista. Porém, de tanto ver o bisavô e alguns tios tocarem o acordeon, resolveu experimentar. Para nunca mais largar esse instrumento tão emblemático para a cultura nordestina. “A sanfona acabou se tornando meu passaporte para grandes conquistas. Foi o último instrumento que aprendi a tocar mas, graças a ele, entrei no The Voice Brasil e, um tempo depois, na novela Velho Chico. Sem falar que a sanfona é o carro-chefe em todos os meus trabalhos”, explica ela.

Trabalhos aliás, que são numerosos. Além de seguir atuando na TV (recentemente, esteve em Tempo de Amar) e de ter experimentado também a interpretação num musical, Lucy não deixou os estúdios de lado nos últimos dois anos. Reencontrou-se com o grupo Clã Brasil – banda de seus familiares da qual fez parte por mais de dez anos – para lançar em 2016 um CD que acabou indicado ao Latin GRAMMY. Afora isso, na medida do possível, segue viajando com sua atual turnê. “Não consigo fazer tantos shows quanto gostaria, por conta da TV, mas estou sempre conciliando com esforço e carinho a agenda. Vou pro estúdio, escrevo alguns versos, gravo uma coisinha aqui, outra ali. Tô sempre pesquisando e testando coisas diferentes”, revela.

Entre as novidades recentes na carreira de Lucy Alves, destaca-se a gravação da faixa “Doce Companhia” para o tema de abertura da novela “Orgulho e Paixão”, da Rede Globo. Veja o clipe no final da matéria. Mas, os fãs da cantora também podem esperar em breve um álbum de inéditas. Com novas batidas e algumas misturas, caminho que a artista já deixou claro que deve percorrer, desde o lançamento do single Caçadora, em 2017. Confira nosso bate-papo com Lucy:

Show Business + SUCESSO! – Antes de falarmos de seus atuais projetos, conte um pouquinho de sua trajetória artística antes de ser descoberta no The Voice?
Lucy Alves – Andei com o Clã Brasil durante doze anos, então eu já tinha toda uma bagagem antes do programa. O que foi muito importante pra definir e mostrar minha personalidade musical no palco. E também pra me dar segurança. Foi uma fase boa, muito legal. E acabou sendo primordial pra eu decidir trilhar em definitivo esse caminho da música, em carreira solo.

Apesar da carreira-solo, você se reuniu novamente com o grupo para gravar No Forró do Seu Rosil. Imaginava que o disco pudesse cruzar fronteiras?
Não dava pra imaginar que um trabalho produzido em João Pessoa, tão regional e com poucos recursos, poderia ir tão longe. A indicação ao Latin GRAMMY foi uma surpresa. Este disco (produzido por Lucy e Badu) é uma homenagem ao Rosil, que foi parceiro do Jackson do Pandeiro. Este trabalho e sua indicação ao GRAMMY mostram que é possível ainda fazer música boa por aqui. Foi um momento de coroação.

Antes de atuar em Velho Chico, você pensava em ser atriz?
Não, meu lance sempre foi música. Depois da aparição no The Voice, que foi uma grande vitrine, fui convidada para um teste para a minissérie Dois irmãos. Foi um teste bonito, mas acabou não rolando. Em seguida, veio o musical Nuvem de lágrimas. E mais ou menos na época da estreia, veio o convite pra Velho Chico. Ou seja, tudo de sopetão. E acabei gostando de me ver como atriz. É outro lado que me completa.

Voltando para a música, o single Caçadora (lançado no ano passado pela Warner) revela um lado mais pop seu? Isso pode ser uma tendência para os seus próximos trabalhos?
Acho que representa um momento no qual começo a testar novas batidas, ao misturar minha sonoridade mais regional com uma pegada eletrônica. Uma mescla que faz parte do momento atual e que combina com o estilo dos produtores que tenho conhecido. Essa pesquisa por novas sonoridades faz parte do meu novo repertório. Esta é uma tendência para meus trabalhos futuros. Em paralelo às novelas, venho, na medida do possível, trabalhando em estúdio. Como já disse, testando sonoridades. É possível que o resultado disso já seja ao menos um EP, ainda este ano. Como um cartão de visitas para um próximo álbum, mas aí sem uma estimativa muito certa de data.

Como é o repertório de seu atual show?
É um caldeirão de influências, ritmos e misturas. Tem Caçadora, tem outras coisas minhas que são reflexo desta mistura já comentada… tem Luiz Gonzaga, obviamente. Canto também músicas de São João, além de marchinhas que flertam com ska, xote que flerta com reggae… Um show da Lucy. Um show que cabe em todas as épocas.

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