O crescimento dos serviços de streaming, o panorama atual do mercado brasileiro em termos de gêneros musicais (os que estão em maior e menor evidência e por quê) e as vantagens e desvantagens de atuar de forma independente estarão em discussão na edição 2018 do Music Trends Brasil International Conference, que acontecerá de 24 a 26 de outubro no Centro Cultural Light (Avenida Marechal Floriano, 168 Centro, Rio de Janeiro). Serão mais de 40 painéis e workshops.
Ponto de encontro de quem faz a música acontecer, o Music Trends Brasil terá na abertura, dia 24, às 10 horas, Scott Cohen, co-fundador da distribuidora digital The Orchard, numa reflexão sobre ‘A Quarta Revolução Industrial e a Indústria da Música’. Será o início de uma programação que envolve palestras com profissionais de algumas das principais empresas da indústria da música e workshops que ensinarão sobre promoção de música, engajamento de fãs nas redes sociais e muito mais.
Pela primeira vez uma conferência no Brasil recebe, de uma só vez, os profissionais das maiores empresas de tecnologia do mundo para ministrarem treinamentos sobre ferramentas e uso de suas plataformas – Facebook, Instagram, Youtube, Twitter e Tik Tok (novo nome do Musical.ly), Spotify e Deezer. O workshop “Por dentro do Ecad” e “A cadeia de direitos e seus gestores”, entre outros, prometem um treinamento aprofundado sobre todos os ângulos do negócio da música.
No campo da tecnologia uma discussão sobre AI, AR/VR, chatbots, smart speakers, connected home, hologramas estará em pauta. ‘Você ainda não sabe, mas quer’ baseado em célebre frase de Steve Jobs, dá sequência à palestra de abertura nesta reflexão sobre as novidades que inundarão o mercado nos próximos anos para – mais uma vez – mudar a forma de consumo de tudo, inclusive música.
Luciana Pegorer, organizadora do evento, afirma que a estrela do Music Trends Brasil é o conteúdo, o que pode ser conferido na programação disponível no site do evento. Um exemplo é a palestra “Tendências de Consumo, Mercado e Media no Brasil e no Mundo”, apresentado por David Price, diretor de Insight & Análise do IFPI, baseado em suas mais recentes pesquisas.
A supremacia do sertanejo e do funk na mídia e no streaming, assim como uma análise dos gêneros que desapareceram de cena estarão em pauta. Assim como uma discussão sobre as possibilidades da música brasileira, cantada em português, ganhar o exterior. Em outro painel, representantes da Sociedade Portuguesa de Autores falarão sobre a colaboração cultural entre os países de língua portuguesa, o que poderá valorizar a cultura e língua destes países com consequente aumento do interesse mundial pela música cantada no idioma. Outro painel investirá no olhar feminino sobre o futuro da indústria, com o objetivo de pensar o que esperar do mercado da música nos próximos anos.
Questões como as tendências de consumo e a forma pela qual o vinil e o cassete, dois símbolos máximos do analógico, reaparecem (e triunfam) no atual ambiente totalmente digital também estão no foco do MTB. Ou o papel do A&R, durante alguns anos negligenciado pelo mercado, e a recuperação de sua importância na era digital, preponderante nas gravadoras, agregadoras, rádio, TV e streaming.
Além dos debates e workshows, a edição deste ano terá como destaque um “Meet & Greet” com representantes do AEI Group – um dos maiores grupos de mídia, música e shows do mundo e também uma homenagem ao radialista Eduardo Andrews, importante profissional da história da comunicação brasileira.
Para outras informações e inscrições, acesse www.musictrendsbrasil.com