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Há pouco mais de um ano, ele era conhecido apenas como um dos filhos de Leonardo. Hoje, é um importante nome da música jovem no Brasil, liderando uma sempre bem-vinda renovação no segmento sertanejo. Prestes a completar 18 anos (21 de abril), Zé Felipe apresentou um ótimo cartão de visitas em 2015. O disco “Você e Eu” e sua respectiva turnê promocional ajudaram a pavimentar o curto caminho que separa o artista do status de iniciante ao de astro top.
Desse trabalho, surgiram dois singles de grande repercussão: “Você Mente” e a faixa que dá nome ao álbum. Ambas atravessaram o ano entre as mais tocadas em diversas praças. Apesar de tudo ter acontecido bem rápido, Zé Felipe tem ciência de que o primeiro ano de sua carreira serviu para a construção de seu nome junto ao público. “Fizemos vários shows de divulgação, programas de televisão e rádio. A cada nova ação promocional, mais gente se junta ao meu projeto”, comemora Zé Felipe.
Agora, o cantor entra numa etapa tão crucial quanto a primeira. No segundo ano na estrada, ele tem a tarefa de consolidar seu nome no mercado sertanejo. Gênero do qual não abre mão, apesar da veia pop de suas músicas e do público que abrange desde os pré-adolescentes. “Sou 100% sertanejo. Minhas referências sempre foram Leonardo, Zezé Di Camargo & Luciano, João Mineiro & Marciano. Isso passa para o meu público, que é tão sertanejo quanto eu”, explica.
É justamente nesse sertanejo pop que o artista aposta para seguir com seu trabalho. O pontapé inicial de seu segundo álbum foi dado em janeiro com o single “Não Me Toca”, versão de Zé Felipe para um sucesso do angolano Anselmo Ralph. Apesar de ambos falarem o mesmo idioma, o brasileiro adaptou a letra, aproximando-a mais do português falado por aqui. A música caiu como uma luva no estilo proposto pelo artista, que agrada tanto os sertanejos quanto os entusiastas de outros gêneros.
Reforçando ainda mais essa mescla de estilos, Zé Felipe divide os vocais com outra artista jovem bem querida, a cantora Ludmilla. Assim como ele, a carioca também viu seu nome se firmar no cenário musical do país em 2015. “Sempre gostei do trabalho da Ludmilla. E o sertanejo está aberto a outros estilos, como axé, rap e o funk. Desde o início, quando pensei em gravar a música, imaginei que ficaria muito legal em sua voz. No final, deu tudo certo”, diz o cantor. Com uma forte campanha de divulgação na internet e o apoio dos fãs sempre fieis, Não me toca permanece entre as mais tocadas do país, segundo a Crowley. Ainda em fevereiro, foi lançado o clipe da música, no qual Zé Felipe contracena com Ludmilla.
O próximo passo será colocar o segundo álbum no mercado. Previsto pra esse semestre, o trabalho terá a missão de dar sequência à curva ascendente na carreira de Zé Felipe. Seria natural nesse momento uma preocupação maior na escolha do repertório. Porém, ao que parece, Zé tira isso de letra. Além de conhecer bem seu público, o cantor mantém o método de escolha que foi bem sucedido em seu début. “Música a gente sente. Se você escutou uma vez e ficou arrepiado, pode gravar que vai arrepiar todo mundo. Eu acredito muito em música fácil, que chegue no refrão rapidamente, sem muita enrolação”, explica, adiantando que o repertório contará com faixas românticas e estilos que bombam nas festas, como arrochas e vaneras.
O álbum também manterá a referência latina presente no trabalho anterior. “Tento incluir elementos latinos na minha música, de forma que não choque as pessoas. Afinal, nem todo mundo está acostumado com as sonoridades do gênero. Então, mantenho a essência sertaneja, mas insiro referências como a batida do violão e um pouquinho do bongô, por exemplo”.
DESBRAVANDO O PAÍS
Durante 2015, Zé Felipe levou seu show para todas as regiões do país. Mas o cantor explica que a maioria das apresentações aconteceu entre as regiões sudeste e centro-oeste. “Divulgamos muito o trabalho em vários estados, mas a maior parte dos meus shows tem acontecido em Goiás, Minas Gerais e São Paulo”, diz. Entre seus desejos para 2016, está uma entrada mais forte na região nordeste – que tem sido a menina dos olhos para muitos artistas e escritórios. “Mas não é só o nordeste. Para resumir, o que eu quero mesmo é fazer show e levar minha música para o Brasil inteiro”.