Iza | Foto: Gabryel Sampaio
Um dos nomes de maior destaque da música nacional em 2018 foi a cantora Iza. Aos 28 anos, a carioca deu os primeiros passos na música na adolescência, cantando na igreja, criando na sequência um canal de covers no YouTube, que serviu para apresentá-la ao mercado. No ano passado, contratada da Warner Music, Iza lançou seu primeiro trabalho, “Dona de mim”, que rendeu três hits – “Pesadão”, “Ginga” e a faixa-título – e foi finalista do Latin GRAMMY na categoria álbum Pop em Língua Portuguesa. Além de deslanchar na carreira musical, Iza foi convidada em junho a comandar o programa semanal Música Boa Ao Vivo, no Multishow, e sua performance foi tão elogiada que ela renovou com o canal e se manterá à frente da atração em 2019. Em dezembro último, a cantora falou com exclusividade a Show Business + SUCESSO! sobre o crescimento de sua carreira e sua relação com o mercado. Confira:
Show Business + SUCESSO! – Sua vida e sua carreira mudaram muito em 2018, considerando o sucesso que você está fazendo?
IZA – Ah, tudo mudou. Mudou minha situação financeira, mudou a minha vida amorosa, tudo. Estou vivendo o momento mais feliz e completo da minha vida, e tenho certeza que tudo isso que tenho agora veio através da música e do trabalho que desenvolvi no ano passado.
Como se deu a aproximação com o Marcelo Falcão para a composição e depois gravação de “Pesadão”, música que deflagrou todo o êxito de sua carreira?
Minha história com o Falcão foi muito engraçada. Eu sempre quis fazer uma música com ele, os meninos que estavam trabalhando comigo no álbum também sempre foram fãs do Marcelo, e então a gente começou a pensar numa forma de apresentar essa música para ele. Como somos da mesma gravadora, um dia cruzei com ele no corredor e aproveitei para conversar. Ele ainda não conhecia meu trabalho mas foi super gentil, e, a partir daí, começamos a nos falar. Fico muito feliz que tudo tenha dado certo. “Pesadão” realmente foi muito importante para tudo de bom que vem acontecendo comigo.
O que você poderia falar sobre os outros singles do disco que chegaram às paradas, “Ginga” e “Dona de mim”?
Ah, eles são super especiais também… “Ginga” tem a participação do Rincon Sapiência, um dos grandes artistas da minha geração. Ele é sensacional, é sempre um prazer cantar com ele. “Dona de mim” é a música que dá nome ao meu álbum. É uma canção mais emocional, com uma mensagem diferente.
E sobre as participações especiais? Foi difícil convencer nomes consagrados como Ivete Sangalo e Thiaguinho a participar do disco?
Foi incrível poder ter, no álbum de estreia de uma artista em início de carreira, Thiaguinho, Ivete, Gloria Groove, Sapiência, Falcão, Ruxell e Carlinhos Brown. Para mim, parece algo inacreditável. Foi sensacional e muito bonito poder contar com tamanha generosidade de pessoas talentosas que eu sempre admirei.
Como se deu sua ida à Warner? Você escolheu a companhia ou foi procurada por ela?
Acredito que nós dois nos escolhemos. A Warner Music é um braço muito importante no meu trabalho. Acho que nada do que vem ocorrendo na minha carreira seria possível se o pessoal da gravadora não estivesse trabalhando comigo.
A meu ver, você é um produto único dentro da música brasileira – não é parecida com nada que está fazendo sucesso. É isso mesmo ou você se inspira em outros artistas do pop para desenvolver seu trabalho? Como criou esta identidade?
Acho meio complicado dizer que eu criei uma identidade, porque eu não criei. Essa na verdade sou eu, sempre me portei e cantei como canto hoje. Sou essa Iza que vocês conhecem, não tem uma questão de criar e desenvolver uma identidade, sempre me comuniquei e me expressei dessa forma. Mas de qualquer maneira, fico muito feliz que as pessoas me enxerguem dessa forma, e me sinto lisonjeada.
Como se sentiu sendo uma das finalistas do Latin GRAMMY no ano passado e como se sentiu participando do tributo à banda Maná, realizado pela organização do prêmio?
Me senti muito realizada, isso sempre foi um sonho para mim. Fiquei muito feliz com a possibilidade de estar fazendo parte de um evento tão grande e tão importante para a música mundial. Fico muito feliz de poder dividir o palco com grandes artistas, com a presença do Maná, essa banda incrível – parecia um sonho, chega a ser difícil de acreditar que isso aconteceu.
Em princípio, seu nome não aparecia na lista de artistas que cantariam no jantar de gala à banda mexicana. Você teve tempo de ensaio? Conhecia o Piso 21, com quem dividiu o palco? Mais: concorda que letra e música de “Hechicera” combinaram, caíram como uma luva para você, considerando seu jeito de cantar, sua simpatia e seu tipo físico?
Sim, nós tivemos tempo de ensaio. Tudo relacionado ao Latin GRAMMY é muito preciso, então a gente teve de ensaiar e tudo mais. Eu já conhecia o trabalho dos meninos do Piso 21 e, claro, do Maná, mas não os conhecia pessoalmente. E foi muito legal porque a energia fluiu, nos demos muito bem e foi muito gratificante poder dividir esse momento tanto com o grupo da Colômbia (com quem cantei a música) quanto com a banda do México, cuja discografia eu admiro muito. Eu acho que a música “Hechicera” é muito bacana, gostosa, dançante, muito alegre. Entre as opções que me mostraram, foi uma das músicas que mais chamaram minha atenção, por isso eu a escolhi.
Fale sobre o respaldo que a Warner Music, em especial o presidente Sergio Affonso – que esteve em sua companhia no Latin Grammy, em Las Vegas –, tem dado à sua carreira?
Fico muito feliz em poder dizer que hoje eu tenho amigos pessoais dentro da gravadora, pessoas que fazem parte da minha vida e que me ajudam desde sempre. O apoio de todos é muito importante e acho que nós temos uma relação muito bonita. Me agrada muito a forma como respeitam as minhas criações e como me estimulam a criar mais sempre, respeitando o meu tempo de artista etc.
Pretende manter a carreira paralela de apresentadora de TV? Estará de novo no Música Boa ao Vivo (Multishow) neste ano?
Aconteceram outros convites para trabalhar na televisão, comandando atrações, mas nesse momento eu tenho estado com a agenda muito ocupada, graças a Deus. Eu gostaria muito de abraçar todos os projetos de uma vez só, mas se eu ainda quero ter uma vida pessoal de qualidade, melhor ir devagar, realizar um de cada vez. Em 2019 estarei novamente à frente do Música Boa Ao Vivo, e, a principio, este é meu único projeto como apresentadora.