Organizado por Luciana Pegorer, o Music Trends Brasil International Conference 2018, importante encontro da indústria da música no país, será realizado na próxima semana, de 24 a 26 de outubro (quarta a sexta-feira) no Centro Cultural Light (Avenida Marechal Floriano, 168 Centro, Rio de Janeiro). Nono colocado no mercado mundial da música, o Brasil movimentou U$ 295,8 milhões em 2017, com crescimento de 17.9% em relação a 2016. Em mais de 40 painéis e workshops, com a possibilidade de muito networking, o evento debaterá as oportunidades para os profissionais e os caminhos do setor.
Scott Cohen, experiente palestrante internacional, cofundador da empresa de distribuição digital The Orchard, fará a abertura com uma reflexão sobre ‘A Quarta Revolução Industrial e a Indústria da Música’ no dia 24, às 10 horas. Será o início de uma programação que envolve palestras com profissionais das principais empresas da indústria da música e workshops que ensinarão sobre promoção, engajamento de fãs nas redes sociais, mercado para os diferentes gêneros, como sertanejo, samba, hip hop, mpb, rock ou funk; os diferenciais de cada mídias, como streaming, vinil ou cassete; as formas de produção, vinculadas às gravadoras ou independente etc.
Ponto de encontro de quem faz a música acontecer, como classifica Luciana Pegorer, o MTB reunirá pela primeira vez em uma conferência no Brasil os profissionais das maiores empresas de tecnologia do mundo para ministrarem treinamentos sobre ferramentas e uso de suas plataformas. Facebook, Instagram, Youtube, Twitter e Tik Tok (novo nome do Musical.ly), Spotify e Deezer estarão por lá dando dicas que potencializarão o alcance da música no universo dos streams. O workshop “Por dentro do Ecad” e “A cadeia de direitos e seus gestores”, entre outros, prometem um treinamento aprofundado sobre todos os ângulos do negócio da música.
No campo da tecnologia uma discussão sobre AI, AR/VR, chatbots, smart speakers, connected home, hologramas estará em pauta. ‘Você ainda não sabe, mas quer’ baseado na célebre frase de Steve Jobs: “Costumer doesn’t know what they want”, dá sequência à palestra de abertura nesta reflexão sobre as novidades que inundarão o mercado nos próximos anos para – mais uma vez – mudar a forma de consumo de tudo, inclusive música.
A estrela do Music Trends Brasil é o conteúdo, afirma Pegorer. Um exemplo é a palestra “Tendências de Consumo, Mercado e Media no Brasil e no Mundo”, apresentado por David Price, diretor de Insight & Análise do IFPI, baseado em suas mais recentes pesquisas.
A supremacia do sertanejo e do funk na mídia e no streaming, assim como uma análise dos gêneros que desapareceram de cena estarão em pauta. Outra discussão será sobre as possibilidades da música brasileira, cantada em português, ganhar o exterior. O olhar feminino sobre o futuro da indústria, com o objetivo de pensar o que esperar do mercado da música nos próximos anos também estará em pauta.
As tendências de consumo e a forma pela qual o vinil e o cassete, dois símbolos máximos do analógico, reaparecem no atual ambiente totalmente digita; o papel do A&R. A questão da remuneração para artistas e autores; o potencial de crescimento do modelo de streaming suportado por anúncios e a demanda por melhor remuneração em plataformas como o YouTube e o Facebook; os aspectos legais do mercado; a Diretiva Europeia e o Music Modernization Act norte-americano, com análises sobre sua influência nas relações no mercado brasileiro de música também estarão em discussão.
Um “Meet & Greet” com representantes do AEI Group – um dos maiores grupos de mídia, música e shows do mundo – será um dos pontos altos do evento, que contará também com happy-hours todo início de noite com muita música, foodtrucks, sorteios e confraternização. O radialista Eduardo Andrews, considerado o “Midas” do rádio, será o homenageado do evento.
A programação completa pode ser conferida em www.musictrendsbrasil.com